Um oficial da marinha americana (USN) informou que um novo Sistema de Alvejamento Distribuído (DTS – Distributed Targeting System) para a frota de F/A-18E/F Super Hornets da marinha está programado para entrar em operações nos próximos meses, e deve entrar em serviço no princípio do próximo ano.
“O sistema permite a criação automática de mensurações de coordenadas com qualidade de GPS a bordo da aeronave”, disse Frank Morley, capitão da USN e gerente de projeto do F/A-18E/E e do EA-18G.
Isso significa que o Super Hornet será capaz de usar as coordenadas geradas por seus sensores (Raytheon APG-79, AN/ASQ-228) e compará-las com um banco de dados de imagens embarcado e preciso para gerar coordenadas precisas para os armamentos.
Todo Super Hornet e os EA-18G Growler serão atualizados com essa nova tecnologia, acrescentou Morley.
Enquanto isso, a Boeing está a um ano trabalhando no desenvolvimento de um novo sistema de busca e rastreamento infravermelho (IRST – InfraRed Search and Track) que poderá ser instalado no Super Hornet até final de 2016. Desenvolvido em parceria com a Lockheed Martin, o novo sistema é uma evolução daquele que equipava os F-14D Tomcat’s e que depois foi modernizado para equipar os F-15, disse Morley. A variante que será feita para o Super Hornet é uma ulterior evolução do mesmo sistema.
Para o Super Hornet, a USN preferiu uma solução em “pod”, isto é, o sistema será instalado em embocaduras externas na aeronave. Um sistema interno exigiria modificações mais complexas ao hardware e aos contornos da aeronave, o que não só aumentaria os custos como exigiria muitos testes. Além disso, o IRST só será necessário em missões Ar-Ar, o que justifica ainda mais a solução escolhida. Com isso, a USN comprará aproximadamente apenas 170 “pod”‘s, que serão usados na medida da necessidade, segundo Morley, o que representará uma economia substancial para a marinha americana.
O encaixe preferencial para o equipamento é na embocadura do tanque externo central da aeronave, que por se posicionar mais à frente, não sofrerá obstruções de escaneamento significativas, o que é essencial para que os sensores sejam eficientes. Para que a aeronave não perca autonomia, o ISRT ocupará apenas a metade dianteira do volume onde se instala o tanque externo, enquanto a parte posterior continuará a ser usada como tal, o que permitirá que aproximadamente dois terços do combustível possa ser embarcado.
Além disso, espera-se no futuro poder integrar ainda mais todos os sistemas, com o que a aeronave será capaz de correlacionar uma grande quantidade de informações que darão uma imagem mais detalhada e precisa de seus teatros operacionais.
Traduzido e adaptado do original em FlightGlobal