Ao final do primeiro dia do Summit da OTAN em Chicago, a aliança transatlântica assinou um contrato no valor de US$ 1,7 bilhões com a Northtrop Grumman para a aquisição de cinco aeronaves não tripuladas Global Hawk.
Desarmadas, as aeronaves de reconhecimento fazem parte do sistema de Vigilância Terrestre Aliada (AGS, “Allied Ground Surveillance”).
A OTAN havia anunciado a compra em fevereiro deste ano, mas fechou o negócio oficialmente apenas hoje, 21 de maio. Um oficial da OTAN prevê que a operação da aeronave custará outros US$ 2,0 bilhões nos próximos 20 anos.
Na conferência de imprensa, o embaixador americano da OTAN Ivo Daalder frisou que tais aeronaves são os mesmos “drones” que “… oferecem o tipo de monitoramento que vimos nas recentes operações na Líbia, tão vitais para uma ação eficiente dos nossos militares.”
Embora tais operações militares tenham sido realizadas pelas forças aéreas europeias, as informações sobre alvos fornecidas pelos drones americanos foram vitais.
Segundo o Secretário Geral da OTAN, Fogh Rasmussen, ainda não foi decidido onde os VANT’s irão operar.
Dos 28 países membros da Otan, somente 13 estão contribuindo até então para a aquisição das aeronaves: Bulgária, República Tcheca, Estônia, Alemanha, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Romênia, Eslováquia, Eslovênia e Estados Unidos. Espera-se que os outros países também participem dos custos a longo prazo.
A Northtrop Grumman será o principal fornecedor do AGS da OTAN, e construirá os não só os Global Hawk’s, mas também seus vários sistemas embarcados, incluindo o radar de monitoramento terrestre. Indústrias europeias desenvolverão e fornecerão as estações de suporte terrestre ao sistema.
Oficiais da Northrop Grumman, incluindo o CEO e presidente Wes Bush, juntou-se aos líderes da OTAN e aos outros 28 ministros da defesa dos países membros para a assinatura do contrato em Chicago.
A principal base de operações do sistema será a a base da OTAN na Sicília, de onde a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) opera seus Global Hawk’s e a Marinha (Navy) dos Estados Unidos opera a variante BAMS (“Broad Area Maritime Surveillance”, Monitoramento Marítimo de Área Ampla) do VANT.