Design
Em geral, o Super Hornet tem a mesma base do Hornet da geração anterior (F/A-18C/D), sendo deles uma espécie de versão mais esticada. Houve um aumento de 4.536 kgf [10.000 lb] no peso máximo de pouso. A fuselagem cresceu 0,86 m [2 ft e 10 in]. A asa também cresceu, aumentando em 9,29 m² [100 sq-ft] sua área e 1,31 m [4 ft e 3 ¼ in] sua evergadura. As superfícies de controle também cresceram, de forma desproporcional, e foram acrescentados “dogtooth”’s nos bordos de ataque para aumentar a autoridade dos ailerons. A asa ficou 2,5 cm [1 in] mais profunda na raiz e as superfícies da cauda ficaram maiores. O tamanho do LEX foi aumentado substancialmente nos princípios de 1993 (de 5,8 m² [62,4 sq-in] para 7,0 m² [75,3 sq-in], comparados com os 5,2 m² [56,0 sq-in] no F/A-18C/D), garantindo plena capacidade de manobra em AoA’s superiores a 40°. O Super Hornet também incorpora spoilers na superfície superior de seus LEX’s como freio aerodinâmico e para aumentar a autoridade de controle em atitude picada. Além de tudo, a nova aeronave tem 42% menos partes que seu antecessor imediato, fruto direto do incremento na adoção de materiais compósitos.
Também a capacidade de combustível aumentou. Os tanques internos podem carregar 1.637 kgf [3.600 lb] de combustível adicional, e os tanques externos somam mais 1.406 kgf [3.100 lb] de combustível, o que ajudou a aumentar o alcance da aeronave em 40%. Foram acrescentadas outros dois suportes de armas (estações 2 e 10), para AAM’s e ASM’s, num total de mais 520 kgf [1.146 lb]. A carga de armas não-descartáveis também aumentou em 4.082 kgf [9.000 lb]. Também foram acrescentados novos dispositivos de sobrevivência. As entradas de ar foram redesenhadas para aumentar o fluxo da massa de ar para suprir os motores F-414-GE-400 mais potentes, e tiveram também sua forma modificada para um formato “circunflexo”, reduzindo a assinatura de radar. Os F/A-18E/F/G incorporam vários outros dispositivos “low-cost” de furtividade (“stealth”) para reduzir a captação por radar, incluindo portas e painéis com bordas serrilhadas, bordas e juntas realinhadas e antenas em ângulo.
O sistema de controles é completamente digital e “Fly-by-Wire”, usando os ailerons e os tailerons para o controle lateral, além de flaps do tipo falperon para baixas velocidades. Hipersustentadores de bordo de ataque e de fuga (flaps) são acionados automaticamente para obter alta manobrabilidade, alta velocidade de cruzeiro e baixa velocidade de aproximação. Os estabilizadores horizontais assumem automaticamente a posição neutra se um dos dois for danificado, com os controles de picagem e cabragem sendo passados para outras superfícies. Ambos os lemes defletem para dentro durante a decolagem e o pouso, para proporcionar uma compensação extra de cabragem. O sistema “Fly-by-Wire” retorna a aeronave a um fator de carga de 1 g caso o piloto solte os controles de vôo. Os controles laterais e direcionais se aliviam progressivamente à medida em que o ângulo de ataque chega a valores extremos. O sistema “Fly-by-Wire” também é capaz de manter a direção (heading), a altitude e a velocidade. A aeronave é capaz de pousar automaticamente usando o sistema de direcionamento instalado nos porta aviões. Os flaps usam atuadores hidráulicos Bertea, e os atuadores do ailerons são da Hydraulic Research. Já os tailerons usam atuadores da National Water Lift.

Um “cutaway” mostrando o esquema geral da estrutura do Super Hornet. Origem da imagem: FlighGlobal (www.flighglobal.com).
As asas tem múltiplas longarinas de liga leve, com os painéis entre as longarinas e os flaps do bordo de fuga feitos em fibra de carbono e epóxy. As superfícies da cauda são feitas principalmente em sanduíche, com pele em fibra de carbono e epoxy e núcleo em “honeycomb” de alumínio. Os painéis e portas da fuselagem são feitos predominantemente em fibra de carbono e epoxy. O firewall dos propulsores é em titânio. As partes central e posterior da fuselagem são feitas pela Northtrop Grumman, e as superfícies da cauda, os flaps, os LEX’s, os freios aerodinâmicos, os lemes e os painéis laterais posteriores de todos os F/A-18’s são feitos pela CASA.
O trem de pouso é de tipo triciclo retrátil, fabricado pela Messier-Dowty. O trem de pouso dianteiro tem duas rodas, ao passo que o trem principal tem uma roda cada. O trem dianteiro retrai-se para frente, enquanto os trens principais retraem para trás, girando 90° para se acomodarem horizontalmente dentro da superfície inferior dos dutos de ar. Os freios e as rodas são da Bendix. Os pneus da roda dianteira são 22×6.6-10 (20 ply) sem câmara, pressurizados com 24,13 bar [350 lb/sq-in] para operação em porta aviões, e 10,34 bar [150 lb/sq-in] para operações em terra. Os pneus do trem de pouso principal são 30×11,5-14,5 (24/26 ply) sem câmara, e são pressurizados a 24,13 bar [350 lb/sq-in] para operações em porta aviões, e 13,79 bar [200 lb/sq-in] para operações em terra. Os Hornets navais possuem um gancho para lançamento por catapulta no trem de pouso dianteiro, e um gancho para arrestagem para pouso em porta aviões, que fica sob a parte posterior da fuselagem.
Se dependesse de mim, seria o Rafale e explico porque no meu artigo
http://www.engineerstoolkit.net/pensando-no-futuro-dassault-rafale-melhor-para-o-brasil/
o projeto e o mais velho entre os competidores e usa o mesmo sistema de geracao de oxigenio do F-22, que causou varios acidentes.
Olá Artur. Muito prazer! Temos “lido” um ao outro nos últimos dias, mas é a primeira vez que nos “encontramos”, creio. Bem… Tem vários pontos de vista né… do ponto de vista tecnológico, tudo indica que o Rafale é a melhor opção. Mas ele é tbm o mais caro, se não me engano. Ao passo que o F-18 é o mais barato. O SAAB tem aquela conversa de “desenvolver juntos”, que é muito interessante, sem dúvida. O problema é que boa parte dos sistemas do Grippen são de origem norte-americana tbm… então, um eventual “embargo” teria efeitos tanto para o F-18 quanto para o Grippen. Logo, eu fico pensando… Para que nos servem esses caças?? Se for para uma situação de combate real com forças aéreas como as do EUA, eles só vão servir de alvos… qq um deles… Se for por uma simples questão política regional, então os F-18 são os mais baratos e fazem o serviço. Agora, se a questão é desenvolver tecnologia, que é o mais interessante, a médio e longo prazo, você não acha que o Brasil tem engenheiros e recursos bons o suficiente para isso? Demora, mas é possível. Enquanto isso o mais baratim quebra o galho, não? E também porque ficar entre esses três? Tem a Russia, a Índia, a China, desenvolvendo aeronaves muito interessantes… Mas vou ler o seu artigo em breve e sendo o caso, atualizo meu ponto de vista. De qq forma, só não resisti a responder imediatamente ao primeiro comentário do site!! Obrigado pela participação! hehe…