
Em algum lugar do Oceâno Atlântico, um F/A-18F Super Hornet, designado ao esquadrão VFA-211, é catapultado com os pós-combustores no máximo. A foto foi feita aos 6/11/2005 por Rob Gaston, oficial da marinha americana a bordo do USS Enterprise.
Propulsão
O F/A-18 Super Hornet é propelido por 2 motores F-414-GE-400 de tipo turbofan, cada um capaz de aproximadamente 97,9 kN [22.0000 lb] de empuxo com pós-combustores ativos. A capacidade interna de combustível (JP-5) é de 7.798 Lt [2.090 galões US, 1.715 galões UK]. Os tanques das asas são protegidos contra danos de combate por poliestireno de baixa densidade. Além disso, a aeronave está preparada para receber cinco tanques externos de 1.250 litros [330 galões (US), 275 galões (UK)], ou então cinco tanques da Lincoln Composites de 1.817 litros [480 galões (US), 400 galões (UK)], o que lhe dá uma capacidade máxima de combustível de 17.148 litros [4.530 galões (US), 3.772 galões (UK)]. Os F/A-18 tem também a capacidade de reabastecimento aéreo.
Acomodações e sistemas
A versão F/A-18E é monoposto, e o piloto se instala em um assento de ejeção zero/zero SJU-5/6 NACES da Martin-Baker. O cockpit é pressurizado, aquecido e tem o ar condicionado. O “canopy” se abre para cima e tem o para-brisas separado, em todas as versões. O F/A-18F é biposto em tandem, e pode acomodar seja dois pilotos, seja um piloto e um navegador.
O Super Hornet tem muitas coisas em comum com os antecessor F/A-18C e D. Os F/A-18E e F também incorporam dois sistemas hidráulicos independentes e separados, cada qual trabalhando com 207 bar [3.000 lb/sq-in]. No entanto, os atuadores são mais potentes para permitir o seu uso em superfícies de comando maiores e com mais deflexão. O sistema gerador de força da Leland Electrosystems fornece 60% mais capacidade elétrica que no F/A-18C. O ar condicionado é da Hamilton Sundstrand e as bombas hidráulicas, o sistema de oxigênio e de detecção e extinção de fogo da Vickers. O APU é o modelo GTC-36-200 da Honeywell.
Instrumentos e aviônicos
Aproximadamente 90% dos aviônicos do Super Hornet são os mesmos do F/A-18C. E as diferenças são as seguintes: Nas comunicações o radio UHF/VHF é o AN/ARC-210 da Rockwell Collins. O sistema de distribuição de informações multifunção por datalink (MID) e o sistema de comunicação digital também são da Rockwell Collins. Já o transponder é da Hazeltine. Como padrão, os F/A-18E e F vêm equipados com um radar ar-ar/ar-terra multimodal AN/APG-73 da Raytheon, e a partir de 2006 foi incorporado o modelo AN/APG-79, que possui vetores de scaneamento eletrônico ativos (AESA) em banda X. Em 2005 os planos antecipavam a aquisição de 413 radares AESA’s, para equiparem as aeronaves novas e para substituírem os radares de alguns F/A-18E e F já em operação, o que já foi parcialmente concluído. Os sistemas de monitoramento de vôo incluem o GPS integrado da Litton, e a capacidade de mapeamento tático em movimento da aeronave (TAMMAC) da Smiths/Harris. Também equipa a aeronave um dispositivo de registro de incidentes em vôo ejetável (DFIRS) da DRS Technologies.
O cockpit possui uma tela em LCD sensível ao toque de 76 x 127 mm [3 x 5 in] e uma tela a cores de LCD para monitoramento de situação tática de 159 mm [6 ¼ in]. Acrescente-se a isso duas telas monocromáticas de 127 mm [5 in] de LCD no lugar em que nos F/A-18C e D existem os monitores dos motores e do combustível. O HUD é um AN/AVQ-28 da Kaiser. O assento traseiro em alguns casos é adaptado para missões de “strike”, sendo equipados com dois monitores AMLCD de 25 x 20 cm [10 x 8 in] e duas manetes para uso do NFO.
Os F/A-18E e F são também equipados com o sistema de navegação e alvejamento em infra-vermelho frontal (ATFLIR) AN/ASQ-228, com um sistema de reconhecimento compartilhado (SHARP) que incorpora câmeras óticas e de reconhecimento, sensores e datalink de alta resolução e um sistema de gravação de vídeo no cockpit WRR-818 da DRS Technologies.
A partir de 2005 também foram incorporados computadores avançados de processamento de dados de missão baseados em hardware e software comercial e monitores planos de LCD, e desde 2003 foram também incorporados sistemas de mira integrados no capacete (JHMCS) da Visual Systems International, para operar os AIM-9X.
Defesa e armamento
Os sistemas de defesa são gerenciados por uma suíte eletrônica e integrada de contramedidas defensivas (IDECM) da BAE Systems AN/ALQ-214(V)2. A suíte faz interface com o receptor de alerta por radar AN/ALR-67(V)3 da Raytheon, com o “chamariz” de radar embarcado, de fibra ótica, AN/ALE-55 da BAE Systems, e quatro ejetores de “flare” e “chaff” AN/ALE-47 também da BAE Systems.

O Super Hornet pode ser armado com todo o arsenal típico da marinha americana. Origem da imagem desconhecida.
Os F/A-18E e F são capazes de operar com todo o espectro de armamento do arsenal ofensivo e defensivo da marinha americana. Pelo menos 29 configurações de armamento estavam autorizadas quando a aeronave entrou em serviço. A aeronave é equipada com um canhão M61A2 de 22 mm e 400 tiros.
Se dependesse de mim, seria o Rafale e explico porque no meu artigo
http://www.engineerstoolkit.net/pensando-no-futuro-dassault-rafale-melhor-para-o-brasil/
o projeto e o mais velho entre os competidores e usa o mesmo sistema de geracao de oxigenio do F-22, que causou varios acidentes.
Olá Artur. Muito prazer! Temos “lido” um ao outro nos últimos dias, mas é a primeira vez que nos “encontramos”, creio. Bem… Tem vários pontos de vista né… do ponto de vista tecnológico, tudo indica que o Rafale é a melhor opção. Mas ele é tbm o mais caro, se não me engano. Ao passo que o F-18 é o mais barato. O SAAB tem aquela conversa de “desenvolver juntos”, que é muito interessante, sem dúvida. O problema é que boa parte dos sistemas do Grippen são de origem norte-americana tbm… então, um eventual “embargo” teria efeitos tanto para o F-18 quanto para o Grippen. Logo, eu fico pensando… Para que nos servem esses caças?? Se for para uma situação de combate real com forças aéreas como as do EUA, eles só vão servir de alvos… qq um deles… Se for por uma simples questão política regional, então os F-18 são os mais baratos e fazem o serviço. Agora, se a questão é desenvolver tecnologia, que é o mais interessante, a médio e longo prazo, você não acha que o Brasil tem engenheiros e recursos bons o suficiente para isso? Demora, mas é possível. Enquanto isso o mais baratim quebra o galho, não? E também porque ficar entre esses três? Tem a Russia, a Índia, a China, desenvolvendo aeronaves muito interessantes… Mas vou ler o seu artigo em breve e sendo o caso, atualizo meu ponto de vista. De qq forma, só não resisti a responder imediatamente ao primeiro comentário do site!! Obrigado pela participação! hehe…