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Home > Sem categoria > Os requerimentos do projeto

Os requerimentos do projeto

3 de junho de 2012 by Rodrigo Zanatta 2 Comentários

Última atualização: 3 de junho de 2012

Então. Chegou o momento de darmos mais um passo com nosso projeto. Apesar de nessa primeira semana nosso site ter recebido quase 200 visitas e 800 “pageviews” (muito bom para uma primeira semana), não houve nenhum comentário (os especialistas falam de 1 comentário para cada 1000 visitas… logo, deve demorar ainda um pouco). De qualquer forma, uma vez então que ninguém ofereceu aqui suas sugestões, vou seguir minhas próprias idéias.

Pois bem. Muita gente talvez pense que o projeto de uma aeronave comece com um desenho, uma “forma”, por assim dizer, que depois será analisa e otimizada. Isso quer dizer que nós desenhamos a aeronave, e depois descobrimos como ela voa, qual o seu desempenho. Bem, isso pode até ser feito, e de fato chegaremos a esse ponto. No entanto, a primeira fase de um projeto não é muito emocionante, pelo menos não o é para quem não é engenheiro. Isso porque nessa primeira fase se trata basicamente de lidar com números e parâmetros.

E para chegar aos números e parâmetros em questão, a pergunta a ser respondida é: como deve se “comportar” nossa aeronave? O que ela deve fazer? A resposta a essas perguntas pode vir de diversas fontes. A mais simples é quando o cliente nos diz o que ele quer. Por exemplo, quando a Força Aérea precisa de um novo caça, então ela se dirige aos fabricantes e diz: “queremos uma aeronave que faça isso e aquilo”. Os fabricantes então irão propor seus conceitos, normalmente todos eles vão preencher os requisitos do contratante, e aquele que apresentar menores custos ganha.

Pode ser também que um determinado fabricante faça uma pesquisa de mercado, e perceba uma demanda específica. Nesse caso, a resposta é dada pela interpretação dessa demanda. Ou ainda pode ser o caso de testar e avaliar novas tecnologias, mas sempre pensando em futuras e prováveis requisições.

Pode-se ainda fazer um blog, e pedir ao leitores que apresentem suas requisições. E se isso não acontecer, por fim, pode ser que eu queira construir uma aeronave para mim! Pode ser que, por mais que existam inúmeras outras aeronaves que façam a mesma coisa, eu queira uma que tenha sido projetada e construída por mim. Vai entender a cabeça dos aviadores…

De qualquer forma, uma prerrogativa essencial de toda requisição é que ela seja realista, tanto no que diz respeito ao estado atual da tecnologia e do conhecimento, quanto no que diz respeito à expectativa do que será a tecnologia e o conhecimento no momento em que o projeto será realizado no futuro. De nada adianta solicitar um caça que cruze a Mach 5, com autonomia de 8.000 km, e pouse a 20 km/h. Pode até ser possível, usando tecnologias de VTOL e propulsores ScramJet, mas… Seria bem inviável.

Pois bem, farei o seguinte: projetarei uma aeronave para mim. “Para mim” quer dizer: o custo tem que ser compatível com o que pode pagar um profissional liberal relativamente bem sucedido (o que eu espero ser no futuro!), deverá servir basicamente para viagens curtas em condições VFR, e para voos de lazer. Além disso, gostaria de poder levar comigo minha esposa e, no futuro, o tico o a teca. Antes disso, quem sabe, um casal de amigos. Portanto, a aeronave deve ter lugar para quatro pessoas e suas respectivas bagagens.

Para abaixar os custos, podemos escolher projetar uma aeronave que se enquadre na categoria experimental, mas não um ultraleve. Um ultraleve é limitado por lei a 2 passageiros.

Pois então agora devemos fazer uma lista de requerimentos mais detalhada. Não me parece ser necessário dizer que o quesito “segurança” deve estar no topo da lista, e deve permear cada raciocínio no desenvolvimento do projeto. Pois bem, eis aí algo que imaginei como conjunto inicial de requerimentos:

Meu experimental Cessna C-172
Carga útil: 337 kgf [743 lb]
– piloto + 3 passageiros (4 x 85 kgf) > 340 kgf [750 lb]
– bagagem 4 x 20 kgf > 80 kgf [177 lb]
Alcance (peso máximo): > 1000 km [540 nm] 1020 km [551 nm]
Velocidade de cruzeiro: > 333 km/h [180 kt] 216 km/h [117 kt]
Velocidade de estol (peso máximo): < 111 km/h [60 kt] 80 km/h [43 kt]
Velocidade máxima: > 370 km/h [200 kt] 226 km/h [122 kt]
Velocidade de subida (SL) > 244 m/min [800 ft/min] 197 ft/min [645 ft/min]
Distância de decolagem: < 500 m [1640 ft] 465 m [1525 ft]
Distância de pouso: < 500 m [1640 ft] 381 m [1250 ft]

Para nos orientarmos melhor, coloquei também os dados referentes a uma aeronave muito popular, o Cessna C-172. Os sinas de “>” (maior que) e “<” (menor que), indicam que os valores indicados nos meus requerimentos são máximos e mínimos. Por exemplo, a velocidade de cruzeiro deve ser superior (ou igual) a 333 km/h, e a velocidade de estol deve ser inferior ou igual a 111 km/h. Evidentemente, queremos pressionar esses números, queremos uma velocidade de estol bem inferior, mas não se isso implicar em uma redução na velocidade de cruzeiro abaixo dos 333 km/h. Não existe uma ordem de prioridade explícita nessa tabela, mas ela existe. Por exemplo, se no final de nossa primeira “iteração” descobrirmos uma velocidade de cruzeiro de 370 km/h com estol a 111 km/h, então a aeronave poderá ser otimizada para reduzir a velocidade de cruzeiro a algo mais próximo de 333 km/h e a velocidade de estol para algo o mais inferior possível aos 111 km/h (questão de segurança).

A comparação com os dados do C-172 nos permite ver que em alguns aspectos, estamos perfeitamente dentro de uma margem de possibilidade (carga útil, alcance, distâncias de pouso e decolagem), mas no que diz respeito especialmente às velocidades, temos que nos esforçar um pouco. No entanto, me parece possível.

Então aí está. Esses são os nossos requerimentos iniciais. É evidente que precisaremos de uma quantidade de potência razoável. Certamente mais do que o que nos pode dar qualquer “Rotax” (talvez 2?). Veremos as alternativas no momento oportuno. O próximo passa agora é determinar “quão grande” deverá ser nossa aeronave. Isto é, estimar seu peso inicial e alguns parâmetros geométricos. Antes, porém, será necessário começar a esboçar alguns elementos da arquitetura geral da aeronave. No próximo post, então, veremos algumas “arquiteturas” gerais, suas vantagens e desvantagens, para poder selecionar entre elas 2 ou 3 que levaremos conosco até mais adiante, até podermos determinar a melhor opção. É importante dizer que, dadas as condições gerais, os requerimentos são passíveis de revisão.

Até lá.

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Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: aeronave experimental, requerimentos de projeto

Comentários

  1. rafael diz

    23 de agosto de 2012 em 17:50

    tenho um projeto que revolusionaria a aviaçao

    Responder
    • Rodrigo Zanatta diz

      23 de agosto de 2012 em 20:43

      q tal compartilhá-lo?

      Responder

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