Confiabilidade, robustez, tradição. São apenas algumas das palavras que nos vêm à mente quando pensamos em uma aeronave Cessna. Quantos não são os pilotos que bateram suas asas pela primeira vez em um 172? Com esses verdadeiros trunfos na manga, a fabricante norte americana pretende conquistar, também ela, sua fatia no já movimentado mundo dos jatos executivos leves. Para isso, reuniu todo sua experiência e know-how nessa pequena mas potente aeronave, concorrente direta do Phenom 100 da Embraer, do Cirrus Vision, do PiperJet e de tantos outros.
Histórico
Os estudos iniciais para o programa, que culminaria com o Cessna Citation Mustang, começaram entre 1996 e 1997. Inicialmente, almejando baixos custos operacionais e eficiência de consumo, idealizava-se uma aeronave com propulsão de tipo turbohélice, e só em 2001 é que os projetistas decidiram adotar uma solução turbofan. O anúncio público do projeto ocorreu aos 10 de setembro de 2002 na convenção da NBAA em Orlando, na Flórida, quando então foi também revelado um “mockup” da cabine. A menor aeronave da família de jatos Cessna é um projeto completamente novo – “blank sheet”, como se diz – exceto pelas sua asa, que é a mesma do Citation Sovereign, evidentemente diminuída de tamanho.
Os motores foram acionados pela primeira vez em março de 2005, e no mês seguinte do mesmo ano um Citation Mustang decolava pela primeira vez. No processo de certificação participaram não só o protótipo, como também já duas aeronaves de produção, das quais a primeira voou pela primeira vez em agosto de 2005 e a segunda em janeiro de 2006. Além disso, foram usadas duas células estáticas para testes estruturais em solo, que passaram por um programa de 75.000 horas de testes, equivalente a cinco vezes a vida útil prevista para a aeronave. O protótipo foi apresentado ao público na AirVenture de julho de 2005, promovida pela EAA (Experimental Aircraft Association) em Oshkosh.
Em maio de 2006, a primeira aeronave de demonstração fez o seu “roll out”, e no mês seguinte voou pela primeira vez. A certificação do Mustang pela FAA – certificação que inclui operação por um só piloto, operação noturna e diurna, VFR e IFR, RVSM e GPS WAAS – ocorreu aos 8 de setembro de 2006, após 1.200 horas de voo de testes. Seguiram-se as certificações EASA em maio de 2007. No mesmo ano, o Mustang foi aprovado na Austrália, no México e na Venezuela, enquanto aguardava a certificação brasileira. Nesta época, estava ainda em curso, porém em seus estágios finais, o processo de certificação de operação por glideslope [não confirmada – 2011]. A meta de produção estabelecida então era de 150 aeronaves por ano até 2009.
O primeiro cliente a adquirir um Citation Mustang foi o Mustang Management Group de Fresno, que no mesmo dia, 22 de novembro de 2006, retornou na forma de leasing a aeronave à Cessna, para que fosse usada como um demonstrador. A primeira entrega de fato foi para a Goode Ski Technologies, aos 23 de abril de 2007. Já em agosto de 2008, a fabricante americana entregava o centésimo Mustang. Em abril do mesmo ano, a um custo de aproximadamente US$ 2,766 mi, a Cessna contava com mais de 500 pedidos firmes, dos quais 100 eram de clientes europeus, incluindo 25 para operadores britânicos. Em maio de 2009, a um custo de aquisição de US$ 2,859 mi, a Cessna anunciou a entrega do Citation Mustang de numero 200.
O que significa strakes???? Traduzir sem sentido perde a utilidade!
Olá Elenilson. Então, traduzir sem sentido perde a utilidade, e frequentemente certos termos não tem uma tradução, ou a tradução tradicional não é muito boa. Nesse caso, eu não conheço uma tradução. Mas essencialmente, um “strake” é uma espécie de prolongamento na raiz da asa. Mais precisamente, na raiz da asa vc faz a corda crescer bastante, de forma a ter ali espaço para alguma coisa, p. e., trem de pouso, tanques de combustível, etc. Procure uma imagem de uma aeronave chamada “rutan verieze”, vai ficar claro o que são os “strakes”….
Obrigado pela participação.