As duas primeiras operadoras do B787-8 relatam consumo melhor que o esperado, apesar da expectativa de resultados piores com base nos dados de voo anteriores às entregas.
Os números, embora baseados em uma curta experiência com uma frota relativamente pequena em uma variedade de rotas, são surpreendentemente positivos, dada a configuração inicial das aeronaves e dos motores. As operadoras ainda não incorporaram todas as melhorias planejadas para abaixar o peso e o consumo do 787, que estarão presentes nas próximas aeronaves.
Quatro dos B787 atualmente ativos são de um bloco de produção anterior, no qual estima-se que cada um esteja aproximadamente 8.800 lb acima do peso de projeto, enquanto os outros são aeronaves mais leves construídas com as modificações introduzidas a partir do nº 34.
A Boeing, de quem se espera um comentário oficial sobre o consumo dos 787 em serviço no Farnborough Air Show mês próximo, está trabalhando para introduzir reduções de peso e outros aprimoramentos para compensar o que se esperava ser uma significativa deficiência nos planejados 20% de aprimoramento em relação ao 767.
No entanto, os dados da ANA (All Nippon Airways, primeira operadora do 787) mostram uma economia de combustível de 21% em voos longos, enquanto dados para as aeronaves equipadas com o motor GE GEnx-1B da JAL (Japan Airlines) indicam números potencialmente melhores.
A GE diz que os dados de performance iniciais mostram que seu motor GEnx-1B tem uma vantagem de 2% no consumo de combustível em relação ao concorrente Rolls-Royce Trent 1000, sem contar adicionais benefícios de 1% em termos de performance em função da margem de temperatura dos gases de escape. Os primeiros GEnx-1B estão em serviço nas aeronaves da JAL, enquanto a ANA opera os B787 equipados com motores Trent 1000.
A ANA foi a primeira a revelar que suas aeronaves estavam consumindo aproximadamente 21% menos combustível em voos internacionais em comparação com os 767-300ER que o 787 foi projetado para substituir.
A empresa aérea, que recebeu sua nova aeronave anteontem (24 de junho), espera ainda uma melhora entre 17 e 19%, com base nos Pacotes B para o Trent 1000 que a Rolls-Royce introduziu para corrigir alguns deficiências registradas nos voos de teste.
Depois de seis meses de serviço, a ANA diz que os níveis de eficiência do 787 são levemente superiores aos 20% esperados originalmente no início do programa. Nas rotas domésticas, a economia gira em torno de 15 a 20%, que segundo executivos da empresa, está dentro das expectativas.
Se você ainda não conheço a aeronave, leia nossa matéria sobre o Dreamliner.
Traduzido e adaptado do original em AviationWeek.